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A review by bibilly
Aos trilhos que me atravessam by João Mendes
reflective
sad
slow-paced
- Plot- or character-driven? N/A
- Strong character development? N/A
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? No
2.0
este conto é um daqueles títulos que começam bem, num cume luminoso e verdejante, passarinhos cantando, umas 4 estrelas à vista, até que tropeçam e saem rolando morro abaixo. na minha estante de best-beginnings-and-first-lines tem uns dez assim. como havia lido o outro conto do autor, Corpo de Barro, sabia do seu potencial, mas aqui ele se recusa a colher os frutos de uma abertura primorosa.
primeiro, o desperdício de tema e alegoria, quando, do vagão que sugere traumas de infância relacionados com um parágrafo na parte 1 sobre os pais do protagonista, partimos direto para a juventude e vida adulta e caímos em dois diálogos ridículos com a morte, ou melhor, dois monólogos que são claramente uma desculpa para o autor citar Nietzsche. que isso? um filme? e eu esperando um mergulho no inconsciente do personagem. daí em diante a história vira uma sequência de lugares comuns que teriam tido mais chances de sucesso com o meu eu de 13 anos.
a certa altura passei a ter war flashbacks da leitura de This Is How You Lose the Time War. em alguns parágrafos as frases pareciam coladas aleatoriamente; em outros a narração driblava a palavra mais óbvia só pra escolher a segunda da lista. além disso, erros de revisão e descuidos da edição foram se amontoando. dada a semelhança com a escrita do livro supracitado, eu ainda relia a passagem pra ter certeza de que não estava ficando louca. sem contar as crutch words: e "nada" pra cá, e "rastro" pra lá. 30 páginas que não acabavam nunca.
ainda assim, acredito que o conto daria uma boa hq. ou talvez eu tenha visto possibilidades demais naquele primeiro vagão.
primeiro, o desperdício de tema e alegoria, quando, do vagão que sugere traumas de infância relacionados com um parágrafo na parte 1 sobre os pais do protagonista, partimos direto para a juventude e vida adulta e caímos em dois diálogos ridículos com a morte, ou melhor, dois monólogos que são claramente uma desculpa para o autor citar Nietzsche. que isso? um filme? e eu esperando um mergulho no inconsciente do personagem. daí em diante a história vira uma sequência de lugares comuns que teriam tido mais chances de sucesso com o meu eu de 13 anos.
a certa altura passei a ter war flashbacks da leitura de This Is How You Lose the Time War. em alguns parágrafos as frases pareciam coladas aleatoriamente; em outros a narração driblava a palavra mais óbvia só pra escolher a segunda da lista. além disso, erros de revisão e descuidos da edição foram se amontoando. dada a semelhança com a escrita do livro supracitado, eu ainda relia a passagem pra ter certeza de que não estava ficando louca. sem contar as crutch words: e "nada" pra cá, e "rastro" pra lá. 30 páginas que não acabavam nunca.
ainda assim, acredito que o conto daria uma boa hq. ou talvez eu tenha visto possibilidades demais naquele primeiro vagão.