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A review by fevi
Um Defeito de Cor by Ana Maria Gonçalves
5.0
OBRA-PRIMA.
Um Defeito de Cor é um dos livros que eu sempre quis ler. O livro que narra com emoção, paixão, sofrimento, verdade sobre a situação dos africanos e negros brasileiros no período escravocrata que o nosso país viveu. Ana Maria Gonçalves vez um trabalho magnífico. Não tem como duvidar disso.
A história narra a vida da africana Kehinde que foi captura em Uidá e acabou tornando-se escrava no Brasil. Ela chega ainda criança e vai para uma fazenda de engenho em Itaparica na Bahia. E vamos acompanhando toda a sua vivência na Bahia e em vários outros locais do antigo império brasileiro. Kehinde é uma personagem forte, resistente. Uma mulher inteligente, sabia, bondosa. Não tem como não se apaixonar ou torcer por ela.
Um Defeito de Cor é um livro que narra a história do Brasil de maneia esplendorosa. Há inúmeras informações históricas presentes em todo o decorrer do livro. Acontecimentos ligados aos negros, aos brancos portugueses e outros estrangeiros. Há também inúmeras informações sobre as religiões africanas. Os seus costumes, os nomes, origens, rituais. É imensurável o quanto enriquecedora é a leitura dessa obra. Muito mais enriquecedora que aulas de História sobre o mesmo período ministrada nas nossas escolas.
Tudo é narrado de forma extremamente detalhista. Tanto a parte histórica até a ambientação de uma cozinha, por exemplo. Acredito que é uma forma da Ana Maria nos fazer sentir muito mais próximos do momento narrado. No entanto, creio que enumerar e identificar pratos e talheres muitas acaba de certa maçante. Mas apenas nesses momentos de ambientação porque o restante de cada momento é extremamente válido e necessário.
Os pontos altos dos livros, na minha opinião, são: a representação das várias origens e etnias dos negros que vieram ao Brasil para serem escravizados. A autora mostra de forma clara o que os identificava, as suas atitudes. É essencial frisar essa diferença e mostrar o quão diverso e rico é a cultura africana que recebemos. As religiões de matrizes africanas com seus orixás são bastante demonstrados e nesse momento vemos como surgiu o sincretismo no Brasil. É absurdo e fascinante ao mesmo tempo. Outro ponto alto é a importância dos negros em relação à luta pela liberdade que sempre esteve presente e que não foi um presente dado pela princesa. As revoltas populares na Bahia são provas disso tudo. Os momentos da volta para África e forma como os regressos se comportavam ao voltar para a terra mãe é interessantíssima. Eu mesmo não conhecia nada.
Um Defeito de Cor é a aula de História sobre o Brasil negro que eu nunca tive em nenhum lugar em toda a minha vida. Provavelmente nunca teria se não tivesse corrido atrás já que ainda temos um déficit em relação ao assunto nos currículos escolares. É uma história que não exagera e nem camufla nenhum dos lados. Há os problemas tribais e também os brancos que eram contra a escravidão.
A escrita da Ana Maria Gonçalves é simples e de fácil compreensão sem firulas, mas é de uma paixão e clareza impressionantes. Até mesmo essencial porque é um livro grande e com várias informações. Tantas que nem conseguir enumerá-las por aqui.
É mais um livro que eu gostaria que todas as pessoas lessem, que se tornasse obrigatório nas escolas e que virasse filme ou série. É uma obra-prima sobre o negro no Brasil. Essencial.
Um Defeito de Cor é um dos livros que eu sempre quis ler. O livro que narra com emoção, paixão, sofrimento, verdade sobre a situação dos africanos e negros brasileiros no período escravocrata que o nosso país viveu. Ana Maria Gonçalves vez um trabalho magnífico. Não tem como duvidar disso.
A história narra a vida da africana Kehinde que foi captura em Uidá e acabou tornando-se escrava no Brasil. Ela chega ainda criança e vai para uma fazenda de engenho em Itaparica na Bahia. E vamos acompanhando toda a sua vivência na Bahia e em vários outros locais do antigo império brasileiro. Kehinde é uma personagem forte, resistente. Uma mulher inteligente, sabia, bondosa. Não tem como não se apaixonar ou torcer por ela.
Um Defeito de Cor é um livro que narra a história do Brasil de maneia esplendorosa. Há inúmeras informações históricas presentes em todo o decorrer do livro. Acontecimentos ligados aos negros, aos brancos portugueses e outros estrangeiros. Há também inúmeras informações sobre as religiões africanas. Os seus costumes, os nomes, origens, rituais. É imensurável o quanto enriquecedora é a leitura dessa obra. Muito mais enriquecedora que aulas de História sobre o mesmo período ministrada nas nossas escolas.
Tudo é narrado de forma extremamente detalhista. Tanto a parte histórica até a ambientação de uma cozinha, por exemplo. Acredito que é uma forma da Ana Maria nos fazer sentir muito mais próximos do momento narrado. No entanto, creio que enumerar e identificar pratos e talheres muitas acaba de certa maçante. Mas apenas nesses momentos de ambientação porque o restante de cada momento é extremamente válido e necessário.
Os pontos altos dos livros, na minha opinião, são: a representação das várias origens e etnias dos negros que vieram ao Brasil para serem escravizados. A autora mostra de forma clara o que os identificava, as suas atitudes. É essencial frisar essa diferença e mostrar o quão diverso e rico é a cultura africana que recebemos. As religiões de matrizes africanas com seus orixás são bastante demonstrados e nesse momento vemos como surgiu o sincretismo no Brasil. É absurdo e fascinante ao mesmo tempo. Outro ponto alto é a importância dos negros em relação à luta pela liberdade que sempre esteve presente e que não foi um presente dado pela princesa. As revoltas populares na Bahia são provas disso tudo. Os momentos da volta para África e forma como os regressos se comportavam ao voltar para a terra mãe é interessantíssima. Eu mesmo não conhecia nada.
Um Defeito de Cor é a aula de História sobre o Brasil negro que eu nunca tive em nenhum lugar em toda a minha vida. Provavelmente nunca teria se não tivesse corrido atrás já que ainda temos um déficit em relação ao assunto nos currículos escolares. É uma história que não exagera e nem camufla nenhum dos lados. Há os problemas tribais e também os brancos que eram contra a escravidão.
A escrita da Ana Maria Gonçalves é simples e de fácil compreensão sem firulas, mas é de uma paixão e clareza impressionantes. Até mesmo essencial porque é um livro grande e com várias informações. Tantas que nem conseguir enumerá-las por aqui.
É mais um livro que eu gostaria que todas as pessoas lessem, que se tornasse obrigatório nas escolas e que virasse filme ou série. É uma obra-prima sobre o negro no Brasil. Essencial.